No último dia 16, o Sindicato dos Servidores do Município de Candeias (SISEMC) realizou a 4ª Assembleia Extraordinária, na Praça Dr. Francisco Gualberto Dantas Fontes. A pauta foi a deflagração da greve por conta da inércia do Poder Público Municipal nas negociações da campanha salarial 2018.

De acordo com o presidente do SISEMC, Juscelino Santos, “o Poder Público não quis negociar. O prefeito não compareceu a nenhuma das reuniões agendadas e apenas enviou representantes que só podiam nos ouvir, mas não decidiam nada. Virou apenas uma mesa na qual falávamos a nossa pauta e os representantes ouviam. Não houve negociações e nem apresentações de contrapropostas”.

Por conta dessa atitude da administração pública, a assembleia geral decidiu pela greve a partir do próximo dia 21 (quarta), porém, na terça (20), o SISEMC se reúne com representantes da Prefeitura e na quarta, às 8 horas, haverá nova assembleia. Já na próxima segunda (19) o SISEMC aderirá à paralisação nacional proposta por centrais sindicais contra a Reforma da Previdência.

Quem prestigiou a 4ª Assembleia Extraordinária foi o vereador de Salvador Silvio Humberto (PSB), que discursou sobre a falta de diálogo da Prefeitura com os trabalhadores. “À medida que o trabalhador não é valorizado, não se chega a um bom serviço. Não há problema em dialogar. Mesmo com uma pauta extensa, através do diálogo se chega à compreensão do outro e a mobilização que vejo aqui hoje fica claro que os trabalhadores não vão aceitar esse tipo de atitude”, disse o edil soteropolitano. Para Silvio, a visão de uma boa gestão precisa ter participação direta da administração com os trabalhadores: “Isso é do interesse do município. A administração sempre passa e os servidores ficam. O bem maior são as pessoas. Deveriam criar condições de crescimento do potencial das pessoas. Se isso não é feito, não haverá uma boa gestão”, salientou.

Reforma da Previdência

Durante a 4ª Assembleia Extraordinária do SISEMC, houve espaço para explicações sobre a Reforma da Previdência, com Hamilton Assis, dirigente das Centrais Sindicais Populares (CSP – Conlutas). Ele falou sobre a Desvinculação das Receitas da União (DRU) que, na prática, permite que o governo aplique os recursos destinados a áreas como educação, saúde e previdência social em qualquer despesa considerada prioritária e na formação de superávit primário.

Isso significa que os recursos são desviados para, inclusive, pagar a dívida pública. Ou seja, transferir recursos públicos para o setor bancário privado. “Não contentes com isso, eles não pagam a previdência. Os patrões devem mais de R$ 480 bilhões à Previdência. Se recolhêssemos as dívidas dos maiores devedores, sobraria recursos”, disse Hamilton.

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