A PEC 287 ou Reforma da Previdência vai reduzir consideravelmente os direitos relativos à aposentadoria dos professores.

Em recente pesquisa o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio Econômicas) aponta que as professoras serão ainda mais prejudicadas pela ‘D’eforma da Previdência dado o aumento em dez anos na idade mínima para acesso ao benefício em relação às regras atuais.

O texto original da PEC pretendia extinguir a aposentadoria diferenciada dos professores por tempo de contribuição e igualá-la à dos demais profissionais, no entanto, na ânsia de aprovar loga a Reforma o Governo substituiu, como requisito para a aposentadoria os professores terão idade mínima equivalente a 60 anos, não importa o sexo.

Luciana Sobota é vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Camboriú, Orientadora Educacional e representante dos servidores da Força Sindical Nacional em SC, e sabe muito bem do problema que a categoria terá ao ser aprovada a Reforma da Previdência.

“Infelizmente no caso do magistério vejo um grande agravante, além da educação já sofrer muito por falta de políticas públicas educacionais eficazes, falta de políticas que auxiliem as famílias desestruturadas, a baixa remuneração e desvalorização dos profissionais da educação, e tudo que os professores passam dentro se uma escola, uma sala de aula, onde só quem pode saber realmente é o professor. Daí vem a lamentável Reforma da Previdência desmotivar ainda mais”, questionou.

Tanto professores homens e quanto professoras mulheres, devem ainda ter combinado pelo menos 25 anos de contribuição: se, por um lado, o substitutivo preservou a aposentadoria diferenciada para o magistério, estabelecendo limites mínimos de idade e tempo de contribuição inferiores aos estipulados para os demais trabalhadores; por outro, igualou ambos os requisitos para professores e professoras.

A PEC 287/2016 se apresenta como um elemento de redução considerável dos direitos relativos à aposentadoria do conjunto da classe trabalhadora. As professoras, em particular, serão ainda mais prejudicadas pela reforma da previdência dado o aumento de 10 anos na idade mínima para acesso ao benefício em relação às regras atuais.

As dificuldades enfrentadas pelos professores no exercício da profissão, além de impactar diretamente sua saúde física e emocional, atinge também a qualidade das aulas e a interação com os alunos.

“Já temos um quadro grave desses profissionais desmotivados e doentes. Agora esse governo quer retirar direitos que foram conquistados com lutas de muitos anos, retrocedendo todo esse processo”, lamentou Luciana. “Realmente é desanimador. Penso que devemos parar de ser sindicalistas de gabinete e ir parar lutar por nossos direitos, como era feito nos primórdios. Acabar com conchavos políticos. Ou estaremos assinando a nova lei da escravidão, do preconceito, principalmente para nós mulheres que conquistamos um pedacinho de espaço. O retrocesso está chegando e trará um prejuízo incalculável para todo país”, concluiu.

FOTO e FONTE: Assessoria de imprensa da Força Sindical/SC

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